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8 de Janeiro: dois anos depois 2e2q7

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No AR em 06/01/2025 - 23:00 131g1g
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Há dois anos, no dia 8 de janeiro de 2023, o Brasil assistia a um dos episódios mais marcantes da história recente do país: os atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Revoltados com a derrota nas urnas, bolsonaristas pediam o cancelamento das eleições, intervenção militar, a volta do AI-5 e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Mas uma pergunta ainda está sem resposta: quando exatamente começa o movimento golpista que culminou com os atos de 8 de janeiro?

O Caminhos da Reportagem desta semana entrevistou jornalistas, escritores, senadores, psicólogos, além de um ministro do STF e do Diretor Geral da Polícia Federal, para traçar a cronologia da tentativa de golpe. Todos coincidem na opinião de que o golpe começou a ser gestado muito antes do período final do governo de Jair Bolsonaro.

Recentemente, um relatório da Polícia Federal, fruto de extensa investigação, apontou a existência de um plano, intitulado “Punhal Verde Amarelo”, que tinha como finalidade o assassinato do presidente Luís Inácio Lula da Silva; do vice Geraldo Alckmin; e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Caminhos da Reportagem - Manifestantes carregam cartazes pedindo intervenção militar
Manifestantes carregam cartazes pedindo intervenção militar - Divulgação/TV Brasil 315j55

“Creio que na primeira vez na história um inquérito se aprofundou tanto nessa temática e permitiu, infelizmente, nos mostrar a que momento chegamos e o quanto estávamos de fato muito próximos a um golpe de Estado”, afirma Andrei Rodrigues, Diretor Geral da Polícia Federal.

“Esse movimento é bastante anterior ao próprio Bolsonaro. Já vinha de uma insatisfação desde a Lava Jato e a grande movimentação pós 2013. A gente teve o impeachment da Dilma, a prisão do Lula... Então tem um grande caldeirão político em parte da sociedade que havia jogado a esquerda no que se imaginava ser um corner político. E Bolsonaro soube manipular muito bem esses sentimentos já na eleição de 2018, aventando a possibilidade de fraude eleitoral e a pauta do voto impresso”, explica o jornalista e escritor Leandro Demori.

A jornalista Juliana Dal Piva defende que o radicalismo foi sendo gestado ao longo do tempo e se intensificou durante a presidência de Bolsonaro. “Principalmente nos últimos meses, pós eleição, quando ele já não reconhece a vitória do presidente Lula e some das últimas cerimônias do governo. Agora nós sabemos que eles estavam planejando detalhadamente, inclusive imprimindo, um golpe”, afirma Dal Piva, em relação aos fatos apresentados no inquérito da Polícia Federal, que revelou a construção da tentativa de golpe de Estado.

Caminhos da Reportagem - Atos terroristas na Praça dos Três Poderes
 Atos terroristas na Praça dos Três Poderes - Divulgação/TV Brasil jf3f

A operação da PF, intitulada Contragolpe, revela que o plano foi criado no mês de novembro de 2022, com equipes formadas por militares Forças Especiais (FE), os chamados kids pretos, que monitoravam o cotidiano e itinerários do ministro e do presidente.

“O que nós fizemos para permitir que isso acontecesse? O que nós devemos fazer para que se evite isso? Acho que a politização das Forças Armadas e da Polícia é muito ruim para o sistema e de alguma forma é a causa desse fenômeno que ocorreu”, afirma Gilmar Mendes, ministro do STF, em relação a participação de militares na tentativa de golpe.

A investigação da PF trouxe à tona o envolvimento de vários generais, tanto no plano “Punhal Verde e Amarelo”, quanto na incitação das manifestações e dos acampamentos, inflamando o clamor de bolsonaristas pela intervenção militar.

Um áudio, revelado pela investigação, mostra o general da reserva Mário Fernandes conversando com o então ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos. Ele diz: “não dá mais pra gente aguentar essa p*. E outra coisa, nem que seja para divulgar e inflamar a massa. Para que ela se mantenha nas ruas. Talvez seja isso que o Alto Comando, que a Defesa, quer: o clamor popular, como foi em 64”.

Caminhos da Reportagem - Bolsonaristas amarram bandeira na estátua da Justiça
Bolsonaristas amarram bandeira na estátua da Justiça - Divulgação/TV Brasil 1d7316

No entanto, diversos entrevistados no programa concordam que, apesar da adesão à tentativa de golpe por alguns militares, as Forças Armadas foram fundamentais para a manutenção da democracia. “Como qualquer instituição feita por pessoas, havia pessoas a favor e contra. E o Alto Comando, isso as investigações estão mostrando, já tinha feito uma barreira para qualquer tentativa de virada de mesa ou de golpe de Estado”, conta Felipe Recondo, jornalista e escritor.

Ficha técnica 

Reportagem: Marieta Cazarré
Apoio à reportagem: Gilberto Costa, Ana os e Thiago Padovan
Produção: Carol Oliveira e Cleiton Freitas
Reportagem cinematográfica: Rogério Verçoza, Sandro Tebaldi, Alexandre Nascimento, JM Barboza e André Rodrigo Pacheco
Auxílio Técnico: Edivan Viana, José Carlos Soares, Jairom Rio Branco, Marcelo Vasconcelos, Cláudio Tavares, João Batista de Lima, Jone Ferreira, Rafael Carvalho, Yuri Freire e Dailton Matos
Edição de texto: Marieta Cazarré
Edição e finalização de imagem: Márcio Stuckert
Arte: Wagner Maia, Carol Ramos e Alex Sakata

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Criado em 01/01/2025 - 16:35

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