O Repórter Brasil Tarde está fazendo uma série de entrevistas especiais sobre os grandes temas de 2024, que estarão na pauta de prioridades do ano que vem. Na edição desta quarta-feira (25/12), o assunto são as mudanças climáticas. O Brasil sediará, em 2025, a Conferência Mundial do Clima (COP 30), em Belém do Pará. Para falar sobre o tema, a entrevistada é ambientalista Stela Herschmann.
Ela salienta que, em 2024, pela primeira vez a Terra ficou com a temperatura média 1,5 grau acima do registrado na era pré-industrial. O resultado são os vários eventos climáticos extremos registrados, como as enchentes no Rio Grande do Sul, e a seca na Amazônia e no Pantanal. No resto do mundo, houve quatro tufões e também as enchentes na Espanha.
Stela lembra que a meta de não ultraar 1,5 grau na temperatura foi definida no Acordo de Paris, mas acabou sendo ultraada. E, desde a Eco 92, tentamos reduzir as metas de aquecimento global, sem obter êxito. São 30 anos de negociações entre os países, que acabam avançando muito vagarosamente, não acompanham a velocidade dos impactos que estamos vivendo.
A ambientalista afirma que, enquanto os países têm que definir suas metas e dar sinais para toda a sociedade de como vai ser o desenvolvimento a partir de então, as empresas e as pessoas têm que incorporar essa preocupação ambiental. Isso varia desde as escolhas de estilo de vida e consumo, até o voto. Porque escolher governantes negacionistas vai atrapalhar e vai atrasar a ação climática.
Stela explica a complexidade dessas mudanças. Hoje há toda uma economia baseada em petróleo, por exemplo, que precisa mudar para uma economia de energia renovável. Isso envolve alterações de trabalho, de empregos e outras questões.
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