A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado brasileiro por falhas na investigação de um caso de discriminação racial e de gênero ocorrido em São Paulo em 1998. Naquela época, Neusa dos Santos e Gisele Ferreira, que são negras, se candidataram a uma vaga de emprego, mas foram informadas de que a vaga já havia sido preenchida. No mesmo dia, uma mulher branca foi contratada. Todas tinham o mesmo nível de escolaridade. Elas denunciaram o caso, mas a ação foi encerrada dez anos depois, por falta de provas.
A Corte Interamericana decidiu que o Estado brasileiro falhou na investigação, reproduziu o racismo estrutural e contribuiu para a impunidade. Como reparação, o Brasil deve publicar a sentença, pedir um pedido público de desculpas, pagar indenizações e também adotar medidas para combater a discriminação racial.
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