O desmatamento no Cerrado caiu 33% no ano ado, mas, ainda assim, a área total desmatada é considerada muito elevada. Foram 712 mil hectares desmatados no Cerrado no ano ado, o que equivale a uma área maior do que o Distrito Federal. Em relação a 2023, houve queda de 33%.
Apesar disso, pesquisadores consideram que a área total desmatada segue elevada quando comparada com a série histórica e também com o desmatamento em outros biomas, como a Amazônia. Atualmente, cerca de 62% da vegetação nativa do Cerrado está dentro de propriedades rurais privadas, submetidas às regras do Código Florestal, que permitem o desmatamento de até 80% da área total. Para efeito de comparação, na Amazônia Legal, por exemplo, a lei permite o desmatamento de, no máximo, 20% da área.
Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, o respaldo legal para uma expansão maior do desmatamento no Cerrado ameaça ainda mais o bioma com secas prolongadas e um clima mais extremo. A maior parte do desmatamento está na fronteira do Matopiba, região formada por partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa área, onde há expansão de lavouras agrícolas, concentrou 82% de todo o desmatamento no Cerrado em 2024.
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