O número de atendimentos a vítimas de violência entre a população LGBTQIAPN+ no Sistema Único de Saúde (SUS), no estado de São Paulo, cresceu mais de 1.100% em dez anos. É o que aponta o levantamento da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, em parceria com o Ministério Público de São Paulo, com base nos dados do Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, em 2023 foram registrados 13.804 atendimentos de violência cometida contra a população LGBTQIAPN+ em unidades da rede pública de saúde, contra 1.063 em 2014, primeiro ano da série histórica avaliada. Os casos de violência motivados por sexismo, homofobia, lesbofobia, bifobia ou transfobia representaram 23,74% dos 72.654 atendimentos feitos entre 2014 e 2023. Entre os tipos de violência, a maioria dos casos foi de agressão física (55.199). Violência psicológica vem em seguida, com 23.926 casos, tortura com 3.040 e violência sexual com 14.584 casos. Entre os atendimentos médicos, 43,9% foram a pessoas que se declararam pardas, 38,1% brancas e 11,7% negras.
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